Teria sido mais engraçado fazer um cartoon com os 62% dos Portugueses a pularem de contentes, mas dava muito trabalho não é ? Ou o patrão não gostaria ?
Não podemos ser todos académicos mas vou tentar explicar como fosses muito burr*; Imaginemos uma população alvo, com objectivo de perceber o seu gosto por carne: Lá por afirmarmos que 50% de uma população gosta de carne (partidos esquerda), não podemos da mesma maneira afirmar que esses 50% gostam todos de coelho (comunistas) ou de aves (BE).
Desses 50% que gostam de carne: 30% gosta de porco 10% gosta de coelho 10% gosta de aves
Agora tu achas que ao cozinhares um prato com estas carnes, (partidos esquerda), para esta malta, que 50% vai gostar do que vai comer? Aqueles 20% que comem coelho+ave podem não gostar de porco ou vice-versa.
Mas a tua forma de veres as coisas é; "se tu gostas de porco, então também gostas obrigatoriamente de coelho e aves porque comes carne".
Tem cuidado, as coisas não são assim tão lineares.
Para terminar, deixo uma dica útil, estuda um pouco o "diagrama de venn".
É um bom ponto de vista do Anónimo, apesar de pecar por defeito nas percentagens.
Mas pelo contrário, vamos imaginar que os tais 38% dos portugueses são vegetarianos e só comem vegetais - 35% adoram nabos e 3% são adeptos fervorosos de bananas. Assim sendo, deverá uma população inteira render-se ao vegetarianismo quando a grande maioria rejeita declaradamente comer vegetais por mais quatro anos? Como disse o Anónimo, a maioria gosta efetivamente de carne, sendo essa a sua essência, e apesar de uns se inclinarem mais para as aves, para o coelho ou para o porco, todos têm a convicção que ainda assim, qualquer destes é carne e nunca vegetal.
De facto, as teorias dos conjuntos, analisadas por diagramas de Venn ou outros modelos, são sem dúvida um passatempo interessante. Só não conseguem ainda provar como é possível meter o Rossio na Rua da Betesga.